quarta-feira, 1 de maio de 2013

BODERLINE, O DIFÍCIL DIAGNÓSTICO

Transtorno de BODERLINE


Relato - "O medo do abandono é porque sozinhas não nos aguentamos. Ser frustrada por um namorado é a morte para um border.”
Depoimento de uma pessoa vítima desse transtorno
Fonte: UOL - Por Tatiana Ades

É uma doença de difícil diagnóstico, são informações desencontradas dificultando-nos nas pesquisas.
Pacientes as vezes são tratados como bipolar quando na verdade sofrem da personalidade boderline do humor.
O boderline tem uma dificuldade muito grande de conviver com as perdas, tem um sentimento de rejeição aguçado, pavor do abandono, se faz de vítima, quando ama quer a pessoa sempre ao seu lado, são carentes por mais que recebam atenção e carinho.
Humor oscilante com alterações  repentinas, tendência a auto mutilação.
O boderline não é manipulador como muitos pensam, e também não é manha, fazem de tudo para chamar a atenção para si, mas sem a intenção de prejudicar ou enganar ninguém.
Por ser pouco conhecido ainda é difícil relatar sintomas e tratamentos, minha intenção aqui é só divulgar e se alguém se identificar não vá achando que é um boder, o primeiro passo é procurar ajuda psicológica e seguir as recomendações.


GRAÇA MEREU
TRECHO DE DEPOIMENTO DE UMA BODERLINE


"Quando eu ouvi a porta se fechar, senti que iria morrer. Senti uma mistura de ódio e amor, mas o que mais doía era a raiva que sentia de mim mesma, uma sensação de culpa inexplicável, como se eu fosse a causadora de todos os abandonos que sofri. Morri por dentro, a dor foi insuportável, corri e peguei a gilete me cortei nas pernas, braços e barriga. A dor externa aliviou um pouco, mas não era o bastante, eu precisava ser mais castigada por ser essa pessoa tão desprezível e medonha. Então corri para caixa de remédios e tomei todos de uma vez, uma mistura de ansiolíticos, antidepressivos e álcool. Acordei no hospital, por sorte ou por azar, minha mãe foi avisada por Gustavo que eu poderia fazer besteira”.

E ela prossegue:

“Deixa eu tentar explicar melhor. Nós tentamos nos matar o tempo todo, mas é diferente de um outro suicida, por ex. nós tentamos porque precisamos que alguém sinta algo por nós, caso contrário, não aguentamos, mesmo que seja pena, ódio... alguém precisa nos notar; é diferente de quando me corto, aí sim estou querendo extravasar uma dor horrível, um vazio, alivia, alivia muito!

Tudo isso porque a pessoa se torna o centro de nossa vida, a gente tenta preencher essa carência maluca no outro, sem o outro não vivemos, minha terapeuta me explicou que é porque o border não se reconhece como pessoa. Há uma quebra em nossa personalidade que nos torna seres sem destino, sem razões, sem opções. O medo do abandono é porque sozinhas não nos aguentamos. Ser frustrada por um namorado é a morte para um border.
Fonte: UOL. 


Um comentário:

  1. É preciso sim esclarecer cada vez mais as pessoas sobre esses transtornos que hoje em dia afetam mais e mais pessoas, e tormarmos conciència de que não podemos ignorar, é preciso sim compreender e ajudar. Esses dias venho fazendo companhia a uma amiga em uma clínica pisiquiátrica onde ela vem fazendo tratamento com ECT (choques) e lá conheci mulheres de todas as idades com diversos transtornos ( SP,TOC,DP,BORDERLINE...) e senti como são carentes, como as famílias ignoram, e o qunto sofrem. Não podemos ignorar, o quanto antes o diagnóstico for feito e o tratamento começar, menos dor e sofrimento para todos.
    Bjos! Iara Araújo

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