NESTA POSTAGEM NÃO PRETENDO DEFENDER ESSE OU AQUELE PARTIDO OU CANDIDATOS.
Sou a favor da democracia e como tal respeito todas as opiniões, escolhas, indignações e manifestações.
Mas não compactuo com o que tenho visto em redes sociais, pessoas agredindo verbalmente umas as outras, dividindo estados, querendo impor opiniões e não sei da veracidade mas fiquei chocada em ver que estão solicitando intervenção militar.
A primeira vez que tive o direito de votar para presidente já tinha mais de 30 anos, casada e mãe.
Lembro como se fosse hoje a sensação de liberdade, de exercer meu direito de cidadã, de expressar publicamente sem retaliações, sem medo.
Antes disso presenciei cenas tristes, apesar de muito jovem trabalhava e estudava a noite e o simples fato de carregar uma pasta de estudante era motivo de olhares desconfiados, sair correndo repentinamente ao ouvir os trotes da cavalaria, do cheiro de gás lacrimogênio.
Censura na ditadura
Protesto contra o regime militar
Durante o período da ditadura, que se estendeu por 21 anos, a música foi uma das principais válvulas de escape de muitos cidadãos, guiados por cantores como Chico Buarque e Caetano Veloso. Esses músicos iam contra ordens do Regime Militar a fim de expor seu desamor pela situação em que o país estava vivendo. Canções como Pra não dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandré, que traz o trecho “Há soldados armados, amados ou não; quase todos perdidos, de armas na mão”, são ainda hoje presentes como marcos desse período. Geraldo Vandré foi, inclusive, um dos primeiros artistas a serem perseguidos e censurados pelo governo militar, em 1968.
Outra artista a lançar canções sobre o regime no país foi Elis Regina, ainda que de um modo um pouco menos direto que Vandré. Sua música, intitulada “O bêbado e a equilibrista”, composta por Aldir Blanc e João Bosco, foi gravada em 1979. A letra fala sobre o choro de Marias e Clarisses, em alusão às esposas do operário Manuel Fiel Filho e do jornalista Vladimir Herzog, assassinados sob tortura pelo exército.
São incontáveis as músicas que, indiretamente, tentaram se rebelar contra a censura imposta pelo governo da ditadura, e é exatamente sobre isso que o Prof. Bel. Frank Jorge debaterá nesta segunda-feira (31), das 19h30min às 22h, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no Instituto Humanitas Unisinos – IHU. O evento contará com algumas das produções citadas, entre outras, que serão tocadas ao vivo durante as duas horas e meia de duração de debate.
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O chamado pau de arara (tortuta)
Eles foram torturados até a morte, lutaram para que pudéssemos gozar da LIBERDADE e direitos de votar, de expressar, mas tenho certeza que se esses mártires pudessem voltar ficariam chocados em ver o despreparo de nosso povo, se dividindo e o mais chocante falando em intervenção militar.
Lute sim pelo nosso país, cobre de nossos governantes,mas em respeito aos torturados,mortos e seus familiares,faça com dignidade, sabedoria.
Fotos do google
GRAÇA MEREU