Inspirada no filme "Osama" ano de 2003, Paola nos leva a refletir a luta da mulher que ainda hoje luta pela igualdade, liberdade.
Fui presenteada pela autora em minha rede social com esse poema.
Sinópse do filme. Osama
Uma garota de 12 anos de idade e sua mãe perdem seus empregos quando o Talibã fecha o hospital onde elas trabalham. Essa medida faz parte de uma lei que proíbe as mulheres de saírem de casa sem uma companhia legalmente aceita, ou seja, de homens da família. Com seu marido e irmão mortos, não há ninguém para sustentar a casa. Sem saída, a mãe disfarça a filha de menino. Agora, chamada de Osama, a garota passa a trabalhar para poder comprar comida e embarca numa jornada perigosa e assustadora, sempre tentando se esconder para que o Talibã não descubra sua verdadeira identidade. Inspirada numa história real,Osama é a primeira produção depois da queda do regime Talibã.
Fonte: Filmes de cinema.
Li e reli esse poema, encantei-me, fiquei a questionar-me, quantas mulheres não afegãs usam burcas?
Não a roupa em si, mas uma burca invisível a nossos olhos, estão na alma.
Mulheres que também olham o mundo e através da tristeza belezas imaginar.
Mães da época da ditadura até hoje choram por não saberem que destino deram aos corpos de seus filhos, as que ainda vivem, usam uma burca para disfarçar essa dor que levarão para o túmulo.
Mulheres abandonadas, espancadas, estupradas e toda forma de violência, muitas usam burcas para esconder da sociedade a vergonha, a dor que carregam dentro de si.
As afegãs são obrigadas a esconder o corpo, muitas vezes belo e também a alma, espero que um dia consigam se livrar desse peso.
As não afegãs que podem exibir seus corpos, sejam belos ou não, desejo que um dia possam despir suas burcas libertando suas almas, seus sentimentos e dores.
Aos governantes que façam leis mais severas e dêem maior suporte a essas mulheres que também são eleitoras e tem o direito de terem a integridade física e psicológica preservadas, que se faça cumprir a lei. Empresas se concientizem que profissional competente não tem sexo.
Paola Giannini, obrigada por me permitir postar seu poema e expor minha interpretação.
Dedico a todas mulheres.
GRAÇA MEREU