quinta-feira, 18 de outubro de 2012

DESCOBRINDO A FINITUDE






Não somos como os animais irracionais que não tem a mínima noção da morte.
Nascemos e com o passar do tempo, muitos ainda pequenos conhecem a dor da perda, a dor do adeus. Outros mais privilegiados
recebem a graça de crescer rodeados por pais, irmãos avós, tios, primos, sabem que a morte existe mas ignoram-na como se infinitos
fossem.
Percebemos que não somos finitos quando vem a primeira perda de alguém muito próximo e que amamos muito, ou somos surpreendidos
com uma doença mais grave.
Quando vejo a comoção geral, pessoas chorando copiosamente diante da morte de um artista ou qualquer pessoa muito ligada a mídia,
percebo que além do sentimento da perda de um ídolo naquele momento mesmo sem saber elas choram por sua finitude, percebem
que a morte não escolhe ninguém, nós é que nascemos, crescemos e um dia morreremos, independente de condição social, raça ou credo.
Falar da morte não agrada as pessoas, uma pessoa normal não sentirá prazer com esse assunto e concordo que não há necessidade de
ficarmos lembrando a todo instante.
Mas, precisamos aprender a ter essa consciência até para mudar atitudes, comportamentos, respeitar o próximo, a natureza, os animais.
Não ter vergonha de pedir perdão, de perdoar.
Dizer eu te amo olhando nos olhos, abraçar mais, acariciar, nossos filhos, esposo(a)s, irmãos, pais, amigos.
Entender que todos tem direitos e deveres.
Deixar as mágoas de lado faz um bem imenso para o corpo e alma.
Talvez você esteja se perguntando, mas que conversa é essa sobre a morte?
Eu também pensava assim ate alguns anos atrás, mas foi preciso muita provação, muitas perdas para que entendesse melhor.
Hoje sei que quando me negava a olhar alguém morto eu estava negando a minha própria morte.
Gosto, amo viver e se Deus assim o permitir quero estar por aqui durante muitos anos com saúde, feliz, junto a minha família e amigos.
A vocês, amigos, seguidores e ou leitores esporádicos, desejo muita vida e saúde a todos.
A todos os entes queridos, amigos que já se foram minha eterna gratidão pelo prazer de te-los um dia em
minha vida.
GRAÇA MEREU

2 comentários:

  1. Mais uma vez parabéns Graça, muito bom o texto. Concordo com você, a maioria das pessoas não gosta de coisas relacionadas com a morte não só por medo de perder pessoas queridas, mas principalmente em ter que pensar na sua finitude. Eu não tenho problemas em relação a isso, mesmo tendo de conviver com "morte" (não gosto muito dessa palavra) de meus pais num intervalo tão pequeno, eu encaro isso com tranquilidade. O que incomoda é só saudade. Mas como penso na morte como uma viagem, me sinto tranquila em relação a deles e a minha. Na vida nada acaba, tudo se transforma e evolui.
    Iara Araújo

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    Respostas
    1. Oi prima
      É um prazer ter seus comentários aqui, fico muito orgulhosa e feliz em saber que temos muito em comum.
      Abraços

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