domingo, 14 de abril de 2013

TRANSTORNO BIPOLAR? O QUE É ISSO?

O Transtorno Bipolar é ignorado por grande parte da população, por ignorância ou negação, existe uma tendência em menosprezar o portador de TB, classificando-o de irresponsável, louco, mimado, e outros adjetivos.
Existe um tendência entre eles de pensamentos suicidas, alguns chegam a consumar o ato, infelizmente.
Seu diagnóstico não é fácil, são anos de visita ao psiquiatra que muitas vezes trata com anti depressivos e ansiolíticos, sendo que nesse caso é preciso entrar com estabilizadores de humor.
Faço parte de um grupo fechado que dá assistência a pessoas com determinados transtornos, não sou psiquiatra nem psicóloga, mas tenho fascínio pelo tema, pesquiso, procuro estar informada.
O motivo de abordar o tema em meu blog é exatamente a indignação com preconceitos, ignorância, principalmente de familiares que em alguns casos preferem fechar os olhos e fingir que nada está acontecendo, dificultando o tratamento no momento em que a pessoa mais precisa de atenção, compreensão.
Obs: O acompanhamento do psicólogo é fundamental.
Pessoas que seguem o tratamento corretamente, depois de ajustada as doses dos medicamentos podem levar uma vida normal, em casa, no trabalho, estudos.
Indico um excelente livro para os portadores do TB e seus familiares :
UMA MENTE INQUIETA de Kay Readfield Jamison
GRAÇA MEREU

A seguir um texto com algumas dicas, postado por um membro do grupo que participo, com autorização.

Manter ou reconstruir a relação
O transtorno bipolar pode desafiar relacionamentos e por vezes são
necessários tempo, paciência e esforço para manter ou reconstruir a
relação. Quando a pessoa não se encontra tão doente, é possível recuperar
outra vez a intimidade que se teve com ela anteriormente.
Algumas sugestões para conseguir isso incluem:
• Partilhar experiências que ambos apreciem e que em nada estejam
... relacionadas com o transtorno bipolar.
• Encorajar o “dar e receber” em sua relação. Por exemplo, se a
pessoa não se encontrar demasiado doente, peça-lhe para ajudá-
lo de vez em quando e aceite essa ajuda quando for oferecida.
Os relacionamentos que tenham um pouco de dar, além de
receber, podem ser um pouco menos estressantes e mais recompensadores
para ambos.
• Se a pessoa é seu conjugue e perdeu o interesse em sexo por
causa da depressão, ofereça-lhe companheirismo e vá construindo
com calma uma relação íntima assim que a depressão
tiver desaparecido.
• Utilize boas técnicas de comunicação para ajudar a superar
dificuldades.
Utilizar boas técnicas de comunicação
Existem formas de se comunicar que são construtivas e têm menor
probabilidade de serem interpretadas como hostilidade e crítica, especialmente
em se tratando de queixas. Para aprender essas técnicas,
é preciso prática e tempo. As técnicas são:
• escutar ativamente;
• fazer um pedido positivo para a mudança;
• expressar de forma calma seus sentimentos sobre o comportamento
da pessoa;
• resolver os problemas em conjunto;
• alcançar um objetivo em conjunto;
• comunicar-se sobre pontos positivos.
 Manter ou reconstruir a relação
O transtorno bipolar pode desafiar relacionamentos e por vezes são
necessários tempo, paciência e esforço para manter ou reconstruir a
relação. Quando a pessoa não se encontra tão doente, é possível recuperar
outra vez a intimidade que se teve com ela anteriormente.
Algumas sugestões para conseguir isso incluem:
• Partilhar experiências que ambos apreciem e que em nada estejam
... relacionadas com o transtorno bipolar.
• Encorajar o “dar e receber” em sua relação. Por exemplo, se a
pessoa não se encontrar demasiado doente, peça-lhe para ajudá-
lo de vez em quando e aceite essa ajuda quando for oferecida.
Os relacionamentos que tenham um pouco de dar, além de
receber, podem ser um pouco menos estressantes e mais recompensadores
para ambos.
• Se a pessoa é seu conjugue e perdeu o interesse em sexo por
causa da depressão, ofereça-lhe companheirismo e vá construindo
com calma uma relação íntima assim que a depressão
tiver desaparecido.
• Utilize boas técnicas de comunicação para ajudar a superar
dificuldades.
Utilizar boas técnicas de comunicação
Existem formas de se comunicar que são construtivas e têm menor
probabilidade de serem interpretadas como hostilidade e crítica, especialmente
em se tratando de queixas. Para aprender essas técnicas,
é preciso prática e tempo. As técnicas são:
• escutar ativamente;
• fazer um pedido positivo para a mudança;
• expressar de forma calma seus sentimentos sobre o comportamento
da pessoa;
• resolver os problemas em conjunto;
• alcançar um objetivo em conjunto;
• comunicar-se sobre pontos positivos.

Alguns trechos do tema tirados do site Dr. Drauzio varella

Sabe-se que os transtornos bipolares estão associados a algumas alterações funcionais do cérebro, que possui áreas fundamentais para o processamento de emoções, motivação e recompensas. É o caso do lobo pré-frontal e da amígdala, uma estrutura central que possibilita o reconhecimento das expressões fisionômicas e das tonalidades da voz. Junto dela, está o hipocampo que é de vital importância para a memória. A proximidade dessas duas áreas explica por que não se perdem as lembranças de grande conteúdo emocional. Por isso, jamais nos esquecemos de acontecimentos que marcaram nossas vidas, como o dia do casamento, do nascimento dos filhos ou do lugar onde estávamos quando o Brasil ganhou o campeonato mundial de futebol.
Outro componente envolvido com os transtornos bipolares é a produção de serotonina no tronco-cerebral (o cérebro arcaico), uma substância imprescindível para o funcionamento harmonioso do cérebro.

É importante repetir que, apesar de bem no início a sensação de euforia, de prazer, de energia, de percepção aguçada, inteligência viva e criatividade ser muito agradável, ela pode representar perigo, chegando a constituir, no passado, uma das causas importantes de mortalidade.
 
No passado, o transtorno bipolar era conhecido pelo nome de psicose maníaco-depressiva, uma doença psiquiátrica caracterizada por alternância de períodos de depressão e de hiperexcitabilidade ou mania. Nesta fase, a pessoa apresenta modificações na forma de pensar, agir e sentir e vive num ritmo acelerado, assumindo comportamentos extravagantes como sair comprando compulsivamente tudo o que vê pela frente, ou então investindo em empreendimentos acreditando que renderão lucros vertiginosos, ou envolvendo-se em experiências perigosas sem levar em conta o mal que podem causar.

http://drauziovarella.com.br/

12 comentários:

  1. Muito interessante, eu nem sabia que isso existia, só ouço falar de depressão.
    Será que tenho esse transtorno? Sou exatamente assim,ou estou muito triste com vontade só de dormir, chorar, não alimento e outras vezes sinto uma explosão dentro de mim,me acho poderosa, faço compras, muitas compras e depois entro no vermelho.
    Nunca procurei ajuda, minha familia fala que sou uma irresponsável, acham que estou usando drogas, mas eu não uso e me arrependo quando vejo as contas pra pagar e caio na maior depressão.
    Graça, você acha que posso ter esse problema?
    Fico aqui no computador quando estou mais calma pra ver se me distraio, por acaso vi essa postagem no google e pela primeira vez me interessei. Qual o primeiro passo para saber se realmente sou assim?
    Pode me chamar de Angustia

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    1. Angústia, você já conversou abertamente com sua família sobre seus sentimentos, sofrimentos? Sei que é difícil, mas não custa tentar, da mesma forma que você disse não conhecer esse transtorno eles provavelmente também ignoram. Existem vários sites que abordam o tema, gosto muito do Dr. Drauzio Varella.
      Mas o mais importante agora é procurar ajuda, com apoio ou não de sua família.Se puder procure um psicólogo que te dará o suporte psicológico. O psiquiatra é quem irá dar o diagnóstico e saberá quais medicamentos deverá usar, pode demorar um pouquinho pois é preciso uns ajustes, mas não se esqueça de relatar nada para o médico.
      Não posso te dizer se você tem ou não qualquer tipo de transtorno, só um profissional da área está capacitado para isso. Mas se minha postagem serviu para te alertar muito me alegro. Boa sorte e se quiser dê notícias.

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  2. Graça querida. Parabéns por trazer o assunto à baila em seu blog, cheio de informação útil, SEMPRE, quando não de POESIA e BELEZA!

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  3. Esse comentário foi postado em meu face pela queridissima Paola, não deixaria de transferí-lo para cá todo esse carinho.
    Beijos, minha doce e querida amiga!

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  4. Muito boa essa abordagem Graça! Existem muitas pessoas portadoras dessa transtorno que as vezes nem têm consciència disso e na maioria das vezes a família não dá a mínima importancia. Quanto mais for divulgado mais pessoas podem ser ajudadas. Parabéns a vc mais uma vez por essa iniciativa e por sua participação nesse grupo de ajuda. Bjos!

    Iara Araújo

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  5. Obrigada Iara.
    Essa é exatamente minha intenção, levar informações, pois transtornos mentais ainda são vistos com muito preconceito e descrédito e graças a Deus acho que estou conseguindo atingir meu objetivo.
    O próximo será sobre a Síndrome do Pânico e Boderline.
    Beijos!

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  6. Parabéns adorei o conteúdo o tema esta muito bem abordado, a descrição perfeita realmente amei. ate roubei algumas coisas aqui viu :*
    Um grande Beijo
    . Wallyff

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    1. Sinta-se a vontade,a idéia é essa mesmo, pode divulgar, copiar, compartilhar. Espero contribuir para alguma coisa.
      Obrigada, abraços!

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  7. Nossa amiga que chique
    Também gostei muito do assunto!!
    Vou roubatilhar também viu
    beijos

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    1. Sinta-se a vontade Vitória, éum prazerte-la como seguidora e divulgadora.
      Beijos

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  8. Boa noite!
    Estou na fase depressiva, confesso que não fui muito de pesquisar sobre esse assunto apesar de já ter esse diagnóstico a muitos anos.
    Faço tratamento com psiquiatra, tomo vários remédios e só agora aceitei a terapia.
    Acho que estou começando a entender melhor, aceitar ainda não, mas tenho lido algumas coisas a respeito e achei em seu blog, muito bom. Você conseguiu expor muito claramente.
    Sabe, me perdoa mas vou usar seu blog para desabafar.
    Sou jovem, tenho 27 anos, tenho uma profissão pois fiz faculdade e trabalho na área que escolhí, me considero uma boa profissional, tenho meu trabalho reconhecido dentro da empresa.
    Mas confesso que as vezes só Deus e eu sabemos a dificuldade de cumprir minhas tarefas em determinados dias.
    Engulo o choro, respiro fundo para não soltar um palavrão e chutar o balde, preciso trabalhar, preciso do dinheiro para meu tratamento, mas não tem sido fácil.
    Não posso me abrir com ninguém, no meu local de trabalho meus colegas e chefes nem sonham, temo pela discriminação.
    Quase não tenho mais amigos, os poucos que resolví me abrir achando que iriam me entender, que me estenderiam as mãos: Que nada! Foram educados, me ouviram, fizeram um monte de perguntas, disseram que eu poderia contar com eles em qualquer tempo, mas sabe o que aconteceu?
    Sumiram, discretamente foram se afastando aos poucos, me sentí um lixo, cheguei ao fundo do poço literalmente.

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  9. Amigos que amei e confiei como irmãos, amigos que muitas vezes estendí as mãos foram capazes de me abandonar sem pensar no mal que estavam fazendo, talvez por ignorância mas acabaram com minha confiança no ser humano.
    Meus relacionamentos não dão certo, tudo começa muito bem,mil promessas, não minto assim que adquiro confiança e o namoro vai ficando firme prefiro me abrir para dar oportunidade da pessoa decidir se querem ficar a meu lado e enfrentar comigo, mas todas as promessas de amor, companheirismo, ajuda vão por água abaixo, e quando a familia fica sabendo aí sim minha vida vira um inferno, já ouvi de uma ex sogra: meu filho não pode casar com uma louca.
    É muito triste, pois isso não é loucura, nada tem a ver
    Tentei me matar 3 vezes, a primeira com excesso de medicamentos, a segunda com veneno e a terceira cortei meus pulsos,mas me acharam e fui levada ao pronto socorro.
    E ainda sou obrigada a ouvir que eu não queria morrer nada, que só queria chamar atenção, aparecer. Hoje sei que realmente não queria a minha morte física,mas sim a morte desse transtorno maldito, que não deixa marcas como um câncer ou outra doença visível aos olhos humanos, enquanto o ser humano não aprender a olhar com os olhos da alma será assim.
    Dói, dói demais, me sinto perdida, abandonada, excluida, desprezada.
    Quero aproveitar esse espaço e implorar que as pessoas tenham mais amor e menos preconceito, hoje sou eu, amanhã poderá ser você, um filho ou outro ente querido. Ninguém é depressivo, ninguém é bipolar por querer, simplesmente acontece.
    Não penso mais em me matar, os remédios tem me ajudado muito, trabalho,faço natação foi o esporte que escolhí.
    Não posso me identificar para me preservar,mas te autorizo a divulgar, quem sabe ajuda abrir a mente de tantos preconceituosos, de gente que acha que é frescura, religiosos que nos julgam como falta de fé, espíritas que dizem ser encosto, evangélicos dizendo ser obra do inimigo.
    Pelo amor de Deus, não sou fresca, não sou ingrata, tenho a minha fé em Deus, trabalho, só peço que se não me aceitam que me deixem em paz.
    Minha familia tem sido bacana comigo, no começo sofreram muito, não entendiam, foram muitas brigas com meus gastos excessivos, cartões de créditos estourados, alternâncias de humor, ouví muita bronca de meus pais, irmãos, tios e eu revidava, nossa vida virou um inferno. Agora as coisas mudaram, estou mais contida, optei em não ter cartões e nem cheques, na euforia saio do trabalho e vou para a natação, tudo para evitar gastar o que tenho e ainda fazer dívidas homéricas.
    Que os meios de comunicação levem mais informações ao público, que as pessoas se tornem mais humanas e não nos tratam como o lixo do lixo.
    Só temos um transtorno que se tratado nos permite levar uma vida normal, talvez com altos e baixos mas nada que prejudique ninguém.
    Não somo um ET, não somos loucos e nem deficientes mentais, nossa inteligência que é igual a de qualquer um.
    Graça, se quizer pode divulgar esse meu desabafo.
    Gostei muito do seu blog e se me permitir voltarei outras vezes.
    Desabafo de uma bipolar.
    Muito obrigada, espero que aceite e divulgue, confesso que meu texto não está tão bem escrito quanto o seu, mas
    como desabafo estou escrevendo o que vem na mente.
    Fica com Deus!

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